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Professor Luiz Fumaça
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Mestre Bimba

Depoimentos sobre Mestre Bimba e sua importância para a história da Capoeira:
 

Patrono da Abadá Capoeira – Mestre Bimba

A Capoeira Regional é uma manifestação da cultura baiana, que foi criada em 1928 por Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba). Ele utilizou os seus conhecimentos da Capoeira Angola e do Batuque . A Capoeira Angola é uma manifestação primitiva que nasceu da necessidade de libertação de um povo escravizado, oprimido, sofrido e revoltado. Podemos considera-la a mãe da Capoeira Regional. O Batuque, é uma luta braba, violenta, onde o objetivo era jogar o adversário no chão usando apenas as pernas. MESTRE BIMBA DISSE ” EM 1928 EU CRIEI, COMPLETA, A REGIONAL, QUE É O BATUQUE MISTURADO COM A ANGOLA, COM MAIS GOLPES, UMA VERDADEIRA LUTA, BOA PARA O FÍSICO E PARA A MENTE “.  Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba), nasceu em 23 de novembro de 1900, no bairro de Engenho Velho de Brotas, em Salvador, Bahia. Filho de Luís Cândido Machado, famoso campeão baiano de batuque, e de Maria Martinha do Bonfim. Foi carvoeiro, doqueiro, trapicheiro, carpinteiro, mais principalmente capoeirista, MESTRE DE CAPOEIRA , condição esta adquirida por reconhecimento popular e pelo respeito da sociedade, numa época em que a perseguição as manifestações da cultura negra era muito intensa e perversa. Muniz Sodré, ex-aluno se refere ao Mestre dizendo “foi uma das ultimas grandes figuras do que se poderia chamar de ciclo heróico dos negros da Bahia”. Somente aos 12 anos de idade, Bimba, o caçula de Dona Martinha, iniciou-se na Capoeira, na Estrada das Boiadas, hoje bairro da Liberdade. Seu Mestre foi o africano Bentinho, Capitão da Companhia de Navegação Baiana. 

                                            Mestre Bimba toca o "Hino da Capoeira Regional"
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MESTRE DOS MESTRES

MESTRE BIMBA
Na decada de 20 começou a estudar a capoeira e a criar o que chamou de Capoeira Regional, uma Luta Baiana. Em sua academia, criou uma série de fundamentos para a Regional, que sobrevivem até hoje, porém, o grande achado foi a elaboração da sua seqüência de ensino. uma maneira de se aprender capoeira com rapidez e eficiência. A criação da seqüência veio contribuir de forma definitiva para o aprendizado da Capoeira Regional.

Em 23 de fevereiro de 1973, mudou-se para Goiás, atendendo a um convite com vantagens que nunca vieram. Um ano depois, morreu em Goiânia de parada cárdio-respiratória. Quatro anos e meio depois de sua morte, seus restos mortais foram transladados para Salvador, onde repousam no convento do Carmo, Centro Histórico de salvador
                                          Entrevista curta com o Mestre Bimba, em Goiânia
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                                                      Mestre Bimba

Mestre Bimba ao Berimbau
Manoel dos Reis Machado, nasceu na Periferia do bairro de Brotas, recebeu de “batismo” o nome BIMBA, em decorrência de uma aposta feita entre a sua mãe e a parteira que dizia ser um menino. Surge aí o apelido BIMBA! O primeiro local onde Mestre Bimba treinou capoeira era conhecido como Estrada dos Boiadeiros no bairro da Liberdade, seu primeiro mestre foi o Africano Bentinho capitão da Companhia de Navegação Baiana. Mestre Bimba, iniciou a capoeira aos 12 anos de idade. Seu curso teve a duração de 04 anos e o método era a capoeira antiga, esta mesma capoeira ele conseguiu ensinar por 10 anos, o local das aulas era conhecido como”Clube União em apuros”, no bairro da Liberdade (bairro este habitado por pessoas na sua maioria de pele negra).
Desta forma a capoeira foi reconhecida como “Esporte nacional” e o mestre Bimba reconhecido pela Secretaria de Educação e Assistência Pública do Estado da Bahia com Professor de Educação Física e sua academia foi a pioneira no Brasil á ser reconhecida por Lei.
Uma personalidade da vida política e social, que desfrutava sempre se sua companhia, era o governador da Bahia Dr. Joaquim de Araújo Lima.
No ano de 1929, Manuel dos Reis Machado com sabedoria exemplar resolveu desenvolver um estilo diferente da Capoeira Angola, fazendo a junção do Batuque com a capoeira de Angola, surge aí a Capoeira Regional que ano á ano vem sempre desenvolvendo mudanças mais eficientes, como forma de luta. A graduação, aquela época era caracterizada por lenços.
Em 1932 fundou sua primeira academia no bairro do Engenho Velho de Brotas. Oficialmente a primeira academia de capoeira a ter seu alvará de funcionamento datado de 23 de Junho de 1937.
No mesmo ano, fez á primeira apresentação do seu trabalho para o interventor general Juraci Magalhães, onde havia presentes autoridades civis, militares entre outros convidados ilustres. Em 1939, Mestre Bimba ensinou capoeira no Quartel do CPOR.
Em 1942 instalou sua segunda academia. Em 1953, Mestre Bimba se apresentou para o presidente Getúlio Vargas, este declarou ser a Capoeira o único esporte verdadeiramente nacional.
Mestre Bimba e alguns alunos de Capoeira, estudantes de Medicina, nos anos 20 como a capoeira não era bem vista aos olhos da sociedade, Mestre Bimba resolveu registrá-la como Centro de Cultura Física Regional, localizada na Rua Francisco Muniz Barreto. 01 – Pelourinho.
Em 1972, realizou a última formatura do centro de cultura física regional, nesta formatura o (Mestre Vermelho*) foi o orador.
Manoel dos Reis Machado, o mestríssimo Mestre Bimba, é o pai da capoeira regional. Aprendeu capoeira aos 12 anos de idade, com o mestre africano Bentinho. Já adulto, exerceu funções de destaque para a cultura baiana. Foi alabê no candomblé, função de zelador do terreiro. Pelo porte grande e respeito que imprimia, ganhou o apelido de Rei Negro e era saudado pelo grito de guerra “Bimba é bamba!”. Em 1949, o escritor Monteiro Lobato o conheceu e lhe dedicou o conto Vinte e dois de Marajó, que conta a história de um marinheiro capoeirista. a.B e d.B (antes de Bimba e depois de Bimba). Assim podem ser entendidas as mudanças sofridas pela capoeira no início de século. Antes de Bimba, a luta era ilegal, passível de punição pelo Código Penal, discriminada pela burguesia como coisa de malandro, de escravo fujão. Os capoeiristas sequer sonhavam em sobreviver dessa manifestação popular.
Bimba rompeu com este ranço. Deixou as funções de carroçeiro, trapicheiro, carpinteiro, doqueiro, carvoeiro para abraçar a capoeira e o seu instrumento mais ilustre, o berimbau, hoje identificado como símbolo da Bahia nos 5 continentes. Porém, no Brasil, só em 1999 a capoeira e o berimbau tiveram seus termos, como abadá e aú, incluídos na edição do Dicionário Aurélio, livro referência da língua portuguesa.
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Mandamentos da Capoeira:



Mestre Bimba escreveu estes Mandamentos, afixados em uma das paredes de sua academia, e os recomendava a todos os alunos e capoeiristas em geral:
.Respeitar o mestre e guardar disciplina durante os treinos.
.Manter vigilância permanente em todo o ambiente..Não perder de vista os movimentos do parceiro..Manter a calma em todas as situações..Cuidar da segurança dos companheiros de treino.
.
Zelar pela higiene do ambiente de treino.
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Não usar os conhecimentos adquiridos em brincadeiras ou agressões de rua.
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Obedecer ao comando do berimbau durante a prática da capoeira.
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Obedecer às instruções do mestre durante os treinos. .Praticar diariamente todos os movimentos já aprendidos..Não se afastar nem virar de costas para o parceiro.
Além destas recomendações, havia também um regulamento básico impresso
no folheto ilustrado que traz as lições de seu Curso de Capoeira Regional, e que acompanha o disco long-playing onde se acham gravados os toques e as cantigas referentes às lições. O regulamento consta de nove itens:
1 - Deixe de fumar. É proibido fumar durante os treinos.
2 - Deixe de beber. O uso do álcool prejudica o metabolismo muscular.
3 - Evite demonstrar aos seus amigos de fora da roda da capoeira os seus progressos. Lembre-se que a surpresa é a melhor arma de uma luta.
4 - Evite conversa durante o treino. Você está pagando pelo tempo que passa na academia e observando os outros lutadores, aprenderá mais.
5 - Procure gingar sempre.
6 - Pratique diariamente os exercícios fundamentais.
7 - Não tenha medo de se aproximar do oponente; quanto mais próximo se mantiver, melhor aprenderá.
8 - Conserve sempre o corpo relaxado.
9 - É melhor apanhar na "roda" que na rua.
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capoeira_antiga  Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil        

 No Governo de Marechal Deodoro da Fonseca, a capoeira foi introduzida no Código Penal (1890). Aos infratores, eram aplicadas severas punições como prisões e trabalhos forçados. Não obstante, eram praticadas, às escondidas, em quintais, praias e nos arredores das cidades.
Esta situação perdurou até 1932, quando, finalmente, Getúlio Vargas, dentre outras manifestações populares, liberou a prática da capoeira. Manoel dos Reis Machado (Mestre Bimba - 1900/1974), foi um dos grandes capoeiristas que lutou para a liberação deste esporte, elevando-o a reconhecimento nacional.

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Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, criador da capoeira regional, em Salvador. Foto: Arquivo/Agência A Tarde

MESTRE PARA TODA A VIDA
CHICO CASTRO JR. – repórter de A Tarde
Dentre todos os mestres históricos da arte da capoeira, Mestre Bimba, com sua figura altiva, sempre se destacou como um dos mais eficientes e rigorosos educadores populares surgidos nas ruas da Bahia. Sua metodologia, bem como seu perfil biográfico, ganham agora um estudo mais aprofundado no livro Capoeira regional e a escola de Mestre Bimba, de seu aluno Héllio Campos, o Mestre Xaréu.
Resultado da tese de doutorado de Campos em Educação, o livro explora o impacto que os ensinamentos de Mestre Bimba tiveram nas vidas de alguns dos seus alunos.
O livro é um estudo da pedagogia de Mestre Bimba e também um estudo biográfico – resume Mestre Xaréu. “O enfoque principal é saber como as lições dele influenciaram as vidas dos seus alunos e o desdobramento dessas lições e da própria vivência com Bimba – de forma educacional, cultural e mesmo na filosofia de vida de cada um”.

Segundo Campos, Bimba foi um daqueles mestres para toda a vida. “Em conversas informais nas rodas e seminários de capoeira, quem foi aluno de Bimba nunca se refere a si mesmo como ‘ex-aluno’. Eles se dizem aprendizes desse legado o tempo inteiro. É um legado educacional e moral da vida vivida naquele ambiente da capoeira regional”, conta.
Manoel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, criador da capoeira regional, em Salvador. Foto: Arquivo/Agência A Tarde
Na escola de Mestre Bimba, pessoas das mais diferentes classes sociais conviviam de forma harmônica, como iguais. “Ele tratava todo mundo de forma igualitária”, garante Xaréu.
– Entrevistei 14 alunos de Bimba. O sentimento deles é sempre de gratidão pelos ensinamentos que receberam e que utilizam nas suas vidas, nos seus cotidianos. Bimba era algo muito maior do que um professor de capoeira, aquele que transmitia os golpes da capoeira. O que ele passava era uma filosofia de vida – estabelece.
Sua influência, para Campos, era similar a de uma figura paterna, mesmo. “Ele é visto pelos seus alunos como alguém que deu suporte em algum momento da vida, estimulando-os a estudar. Hoje, todos os seus alunos estão formados e bem situados na vida”, diz.
E tudo começava de forma muito simbólica: no primeiro dia de cada aluno, Bimba pegava os alunos pela mão e, assim, os ensinava a gingar.
Outro aspecto interessante do livro é a forma que Bimba encontrou para ressignificar a capoeira, criando a versão regional, ajudando a retirá-la da marginalidade e reabilitando-a como luta, uma arte marcial mesmo. “Bimba estava descontente com a capoeira praticada naquele momento (primeiras décadas do século passado). Estava perdendo suas características de luta e símbolo de resistência, virando uma coisa folclórica, ‘para inglês ver’”, define Campos.
– Em 1928, eu criei, completa, a (capoeira) regional, que é o batuque (luta onde só se utiliza as pernas para derrubar o oponente) misturado com a angola (capoeira primitiva, de raiz), com mais golpes, uma verdadeira luta, boa para o físico e para a mente – disse o próprio Bimba, citado no livro A saga de Mestre Bimba (1994), de Raimundo Cesar Alves de Almeida.
Bimba ressignificou a capoeira – declara Mestre Xaréu. “Alguns autores dizem que esse momento de criação da capoeira regional foi um divisor de águas, o surgimento de uma nova arte”, acrescenta.
(Sequência abaixo – MEIA-LUA DE FRENTE COM ARMADA
Aluno A – Meia-lua de frente com perna direita; meia-lua de frente com perna esquerda; armada com perna direita.
Aluno B – Cocorinha, esquerda e direita; negativa com perna esqurda.
Aluno A – Sai de Aú.)

Imagem extraída do livro Capoeira Regional: a Escola de Mestre Bimba
Imagens extraídas do livro Capoeira Regional: a Escola de Mestre Bimba
DA BAHIA PARA O MUNDO
Nascido Manoel dos Reis Machado, Mestre Bimba (1900-1974) era filho de Luís Cândido de Machado, caboclo de Feira de Santana, e Maria Martinha do Bonfim, negra do Recôncavo.
Segundo Héllio Campos, Bimba deu os primeiro passos na capoeira aos 14 anos, com o pai, que foi campeão de batuque, e com Mestre Bentinho, africano que era capitão da Companhia de Navegação Baiana.
– Bimba pegou esses ensinamentos da chamada capoeira-mãe de seu pai e de Bentinho e criou a capoeira regional –conta Campos, que foi aluno de Bimba entre os anos de 1966 a 1972. “Naquela época, a capoeira ainda era mal vista, coisa de marginal”, lembra.
Felizmente, esse tempo já ficou longe, e hoje, a capoeira é mundialmente praticada, admirada e respeitada, ganhando espaço até nos filmes produzidos em Hollywood.
E para celebrar Mestre Bimba, suas lutas – a que ele criou e pela qual ele lutou – Héllio Campos lançou no dia 8 de julho seu livro com exposição de fotos e um show de capoeira em um shopping de Salvador.
– Bimba levava sua arte aonde podia. Ele queria tirá-la ‘debaixo do pé do boi‘, como ele dizia, e leva-la para o mundo. Até Getúlio Vargas o aplaudiu no Palácio da Aclamação, em 1953 – conclui.

Instrutor Luiz Fumaça

Instrutor Luiz Fumaça
VENHA TREINAR 4º 6º E SÁBADO ÀS 18:H

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